Tentativa
Ah como desejava vencer aquele medo!
Aquela covardia de lhe confessar
Com naturalidade o meu grande segredo!
Hoje, vou esperá-la, fazer-me encontrado.
E lanço um – Viva! Bons olhos a vejam flor!
...E ela veio, olhou-me e eu espantado,
Deixei-a passar acometido de torpor.
Ah! Com mil bombas a deflagrar de hidrogénio
Isto já ia no décimo quinto dia
O sangue borbulhava, a alma esfrangalhava...
De nada servia aquele rasgo de génio
Que na intimidade se me acudia
Divinizadas frases qu’ela m’inspirava.
Calmatites (soneto sem data)
Sem comentários:
Enviar um comentário