
para Coimbra.
Coimbra cantou e com virilidade
A sua castiça canção – o fado.
Fê-lo com toda a verticalidade
E com o melhor que se tem marcado.
Coimbra não vai, ao sabor da voga.
Coimbra não quer parecer, quer sê-lo
Consciente quando quer e se arroga –
Canto sério, viril, sabe fazê-lo!
As assobiadelas e as vaiadas
Nada puderam contra a seriedade
Firmeza e beleza das ‘baladas’
Entoadas com brilho e à-vontade!
E as guitarradas, senhores, que timbres!
Que divinais acordes nos beijaram
Aquelas notas que soaram tão firmes,
Com que empolgamento as dedilharam!
Não fiquem por aí – sois a Nação
Equilíbrio num porvir tenebroso
Cintilar do farol ao Guia ansioso!
Continuai a ser uma lição!
(Calmatites)
Lisboa, Junho de 1978.
Sem comentários:
Enviar um comentário